Mark Lanegan e
Barcelona não se entenderam
Um dos sobreviventes da cena Grunge e autor de um dos
grandes discos do ano, teve repetidos problemas com o som da Sala Apolo e
decidiu abandonar o palco para tristeza e frustração do público.
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| Mark Lanegan @ Cruilla de Tardor - pics by Snap Live Shots |
Artista: Mark Lanegan
Local: Sala Apolo
Data: 28/10/2019
Festival Cruilla de Tardor 2019
Texto e Fotos: Mauricio Melo
& Snap Live Shots.
A esperada apresentação de Mark Lanegan tinha tudo para ser
um dos grandes momentos da temporada mas acabou em frustração para ambos os
lados. Houveram muitos comentários e
criticas sobre o fato e a atitude do artista, de abandonar o palco com pouco mais da metade do
setlist cumprido mas vamos e convenhamos, tudo o que aconteceu durante a
apresentação, ao contrario de muitas opiniões, não afeta apenas ao publico mas
igualmente ao artista.
Como artista
convidado para abrir a noite, tivemos Simon Bonney, ex-membro de Crime &
The City Solution que apresentou sua fase folk de maneira acústica e apenas
sendo acompanhado por sua esposa ao violino enquanto o mesmo empunhava um
violão, um show bastante interessante, para quebrar o gelo entre publico e
palco.
É triste porém ler e escutar opiniões sobre Mark Lanegan, do
tipo que entrou no palco, demorou a dar um boa noite e conectar com o
publico. Senhores, estamos falando de
Mr. Lanegan! um dos caras mais casca-grossa da cena Grunge, sombrio e
declaradamente um ser de poucas palavras.
Um sobrevivente, talvez o último sobrevivente daquela geração que
encantou ao mundo e que praticamente sumiu do planeta já que Cobain, Cornell e
Staley por aqui já não estão. E o Pearl
Jam, Mudhoney e demais grupos? Sentimos
muito informar mas estes não caminhavam no lado oculto daquela cena. Outro incomodo é ler diversas vezes que o
mesmo foi integrante do Queens Of The Stone Age. Não foi!
Nunca foi! Mark foi um
colaborador ativo assim como fez com diversas ocasiões em várias bandas. Não entendemos o porque de não o vincularem
com o Mad Season, que ali talvez pudesse
ter sido um segundo vocalista. Vincular
Mark com a banda de Josh Home parece uma tentativa de dar importância ao
artista quando o mesmo não necessita de tal.
O show: Dois
guitarristas, o baixista, baterista, sua esposa nos teclados e nosso personagem
principal ao centro numa configuração de palco compacta considerando o que
habitualmente vemos na Apolo, com amplificadores variados, algo bem do perfil
do artista que pode ir do blues ao gospel passando por suas raízes do
grunge. Abriram o set com “Disbelief
Suspension” e “Letter Never Sent” do recém lançado Somebody’s Knocking. Não
muito depois tocou um de seus grande sucessos, “Hit The City”. Do disco Gargoyle apresentou “Sister” e um
clima mais sombrio. De volta ao disco novo e tivemos “Stitch It
Up” atual single e que pode se tornar um dos maiores hits de sua carreira em
solitário. A partir daí as falhas de som
passaram a ser habituais, mais para o publico do que para a banda já que o som
de retorno estava bom, o que fez o show rolar com ressalvas. Em “Ode To Sad Disco” a situação agravou com
uma microfonia absurda. O show foi
paralisado por alguns momentos, técnicos de som de um lado a outro e tudo
parecia positivo. Set retomado com
“Harborview Hospital”, o artista pareceu relevar a situação assim como o
público. Porém, a canção não chegou a
metade e uma nova explosão sonora fez com que a paciência de Mark estourasse
junto.
Treze musicas foram tocadas no total, ainda que pareça uma
boa quantidade e da sensação de que poucas foram deixadas de fora, o setlist
completo figurava em vinte e três canções, ou seja, uma apresentação com uns
quarenta minutos a menos do previsto. O
artista, que havia arremessado o microfone na parede se recusou a voltar, muita
gente torceu o nariz, houveram acusações de todos os lados sobre os técnicos de
som do local e o técnico oficial da banda.
Publico prejudicado, artista idem, promotores tentando apaziguar ânimos
mas a grande verdade é que, quando o dia é ruim... é ruim.
Mark Lanegan y Barcelona no se entienden…de
momento.
Artista: Mark Lanegan
Local: Sala Apolo
Fecha: 28/10/2019
Festival Cruilla de Tardor 2019
Texto e Fotos: Mauricio Melo
& Snap Live Shots.
Uno de
los sobrevivientes de la escena Grunge y autor de uno de los álbumes más
esperado del año, tuvo repetidos problemas con el sonido de la sala Apolo y
decidió abandonar el escenario para la tristeza y la frustración del público.
La
ansiada actuación de Mark Lanegan prometía ser uno de los mejores momentos de
la temporada, pero terminó en
frustración para ambos lados. Hubo muchos comentarios y críticas sobre el hecho
y la actitud del artista, dejando el escenario con poco más de la mitad de la
lista de canciones cumplida, pero evaluemos de manera global, todo lo que
sucedió durante la actuación, al contrario de muchas opiniones, no solo afecta
al público. Sino también al artista.
Como
artista invitado para abrir la noche, tuvimos a Simon Bonney, un ex miembro de
Crime & The City Solution que interpretó acústicamente su etapa Folk en
solitario y fue acompañado por su esposa al violín mientras tocaba la guitarra,
un concierto muy interesante, para romper el hielo entre el público y el
escenario.
Es triste
leer y escuchar opiniones sobre Mark Lanegan, del tipo que subió al escenario y
tardó a conectar con el público, o que es de poca charla. Señores, estamos hablando del Mr. Lanegan! Uno
de los tipos más sombríos de la escena Grunge, oscuro y muy reservado, de estos
que lo encuentra por la calle y no tiene cojones de acercarte y saludar. Un superviviente, quizás el último
superviviente de esa generación encantadora y que prácticamente ha desaparecido
del planeta desde que Cobain, Cornell y Staley ya no están aquí. ¿Qué pasa con Pearl Jam, Mudhoney y otros
grupos? Lamentamos informar pero estos
no caminaron por el lado oculto de esa escena. Otra molestia es leer varias veces que era
miembro de Queens of The Stone Age. ¡No lo era! ¡Nunca fue! Mark fue (es) un colaborador activo como lo ha
hecho en varias ocasiones en varias bandas. No entendemos por qué no lo
vincularon con Mad Season, que bien podría haber sido un segundo cantante allí.
Vincular a Mark con la banda de Josh
Home parece un intento de darle importancia al artista cuando no lo necesita.
El
concierto: dos guitarristas, el bajista, el baterista, su esposa en los
teclados y nuestro personaje principal en el centro en una configuración de
escenario compacta teniendo en cuenta lo que solemos ver en Apolo, con
amplificadores distintos, algo del perfil del artista que puede ir desde el Blues
hasta el Góspel, pasando por sus raíces
Grunge. Abrieron el set con " Disbelief Suspension" y "Letter Never Sent" del recientemente lanzado
Somebody’s Knocking. No mucho después
tocó uno de sus grandes éxitos, "Hit The City". Del álbum Gargoyle presentó
"Sister". De vuelta en el nuevo
álbum con el single actual "Stitch It Up” , que puede convertirse en uno
de los mayores éxitos de su carrera en solitario. A partir de entonces, las fallas de sonido se
volvieron habituales, más para el público que para la banda, ya que el sonido
de retorno funcionaba bien, lo que hizo con que el concierto siguiera. En "Ode To Sad Disco" la situación empeoró.
El espectáculo estuvo paralizado por
unos momentos, técnicos de sonido de lado a lado y todo parecía haber sido
arreglado. Regresando con “Harborview
Hospital”, el artista pareció “perdonar” la situación. Sin embargo, la canción
no llegó a la mitad y una nueva explosión sonora hizo que la paciencia de Mark
explotara.








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