Poble Espanyol, Barcelona
Bandas: The Bompops, Less Than Jake, Mad Caddies, Lagwagon, Bad Religion, NOFX, Anti-Flag
Texto e Fotos: Mauricio Melo & Snap Live Shots
Um cartaz de luxo, entradas esgotadas em tempo recorde e uma visita à Madrid três dias antes de aterrizar em Barcelona. Sem duvida nenhuma estava tudo dentro do esperado… daí veio aquela chuva e… ninguém se importou. Foi uma tarde / noite épica que já faz parte da historia recente do Punk Rock (melódico) e um cartaz que, como dito anteriormente, era de alto nível. E o que nos deixa pra lá de curiosos só de imaginar a proposta de oferecer algo superior para o ano que vem.
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| The Bombpops @ Punk in Drublic |
O clima de primavera / verão mudou e o ritmo da tarde que naquele momento já havia virado noite também. Junto ao Lagwagon chegou a chuva, que até então tinha dado uma trégua. Um pouco incomodo para os fotógrafos que se viravam como podiam, nada incomodo e até divertido para o publico e tudo 100% no palco com o quinteto descendo a madeira com um setlist de hits, destes que não falham num festival como o Punk in Drublic. O baixista utilizava uma camisa que dizia “Joey Cape is Bulshit”, o proprio exibia uma camisa da Rihanna e pouco mais pudemos conferir no meio do caos improvisado que foi, fotografar, filmar e assistir algo da apresentação. O publico sim se divertiu pacas com “Razor Burn”, “Falling Apart”, “Sick”, “Sleep”, “Making Friends” e “Alien 8” e outras mais. Ficou obvio que no festival havia o primeiro e o segundo tempo e o Lagwagon foi a banda responsável de avisar sobre isso.
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| Bad Religion @ Punk in Drublic |
A entrada do Bad Religion só veio a confirmar o que foi dito acima. Dentro de todas as bandas que compunham o cartaz, era a banda de expressão máxima dentro do Punk Rock melódico. A sensação imediata foi de que todas as outras bandas não passaram de uma abertura de luxo e quem realmente mandava no pedaço era Greg Graffin, Jay Bentley, Mike Dimkich (The Serb or Chewing Gum), Jamie Miller e é claro, Brian Baker. O porque do destaque à Baker? Simples, além de ter formado parte de uma das maiores bandas da historia do Hardcore, o cidadão descarrega riffs únicos com uma cara de tranquilidade e com uma soberania admirável, nada mais do que isso. Graffin mantem uma voz impecável e sinceramente, só sabemos que o tempo passou para o mesmo devido a seus cabelos brancos. Já Bentley se mantem jovial, camisa cortada, sorriso estampado do rosto quase de maneira permanente, se movimenta, vibra, faz os backing vocals com maestria. Abriram o set com “Suffer”, “Fuck You” e “Generator” antes mesmo de dar um boa noite, um prenuncio de uma noite memorável, como assim foi. Exceção para “Do The Paranoid Style” e “My Sanity” do recém lançado Age of Unreason, bom disco mas que não chegou à tempo de emocionar tanto o publico como “I Want To Conquer The World”, “No Control”, “You”, “American Jesus ou 21st Century (Digital Boy) que aliás, teve invasão surpresa de Fat Mike, a cara de espanto dos integrantes do Bad Religion estão registradas em imagens. Graffin chegou a “reclamar” que no momento de surpresa quase lesionou suas costas. Please Mike, don’t kill the elder guy!!! havíamos avisado que as invasões surpresa de Fat continuariam com o decorrer do festival.
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| NOFX @ Punk in Drublic |
Em reta final e debaixo de uma boa chuva o NOFX subiu ao palco para mais uma de suas aparições, assim mesmo podemos definir suas apresentações. Típica banda que deixa claro sua proposta, tocar Punk Rock, fazer piada, receber objetos voadores no palco (sapatos, copos, bonés ensopados pela chuva, etc). Protagonistas e praticamente donos da turnê, chegaram avisando que tinham conhecimento das criticas que a banda recebe de que falam mais do que tocam e que não mudariam porra nenhuma naquela noite. Bem, quando tocam sacam da cartola musicas como "60%”, “Six Years on Dope” e “Les Champs-Elysées”. Finalizaram o set com “Don’t Call Me White” e “Kill All the White Man”.
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| Anti-Flag @ Punk in Drublic |
O festival no recinto principal havia terminado mas não havia dado seu ultimo suspiro. Ainda restava assistir de perto o Anti-Flag num “after” na pequena sala Upload, passamos de ser 5.000 pessoas a sermos 300 espremidos. Foi praticamente um show privado no qual vimos um quarteto que igualmente desfilou seus hits. Abriram com “Die For The Government” e o publico se conectou automaticamente, foi como riscar um fósforo num barriu de pólvora. “Broken Bonés” veio na sequencia sendo preenchido com os primeiros stage divers (nível profissional). Entre musicas mais virais e outras mais leves contabilizamos quase duas dezenas de canções com “Fuck Police Brutality”, “Turncoat” e “Power To The Peacefull”. Nem tão vibrante quanto o publico estava El Hefe do NOFX conferindo de perto o show do quarteto que encerrou a noite com sua tradicional descida de palco, parte da bateria montada no meio do publico e Chris #2 cantando junto ao publico.
E lá se foi o tempo em que o Primavera Sound abria a temporada de festivais na Espanha.






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