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Ratos de Porão e Suicidal Tendencies @ Sala Razzmatazz 2 Texto + Fotos

RATOS DE PORÃO & SUICIDAL TENDENCIES
Sala Razzmatazz 2, Barcelona
28/06/2017
Promotora: HFMN CREW

Ratos de Porão

Texto:  Ana Paula Soares e Mauricio Melo

Assistir ao Ratos de Porão junto ao Suicidal Tendencies em Barcelona?  Tão legal quanto esta noite foi a do D.R.I. e Hatebreed mas podemos confessar que Gordo e Muir, mestre Jão e Dean Pleasants / Jeff Pogan, Juninho e Ra Diaz, Boka e Dave Lombardo, todos na mesma noite foi como um tapete vermelho em noite de gala.  Desde o anuncio do cartaz que a galera se emocionou e a prova disso foi a bilheteria, um verdadeiro sold out.  Algo que em passagens recente nem Madball com H20 e Ignite, nem o Hatebreed e D.R.I. como mencionado acima conseguiram fazer.  É claro que, pelo fato do Suicidal Tendencies não tocar em Barcelona há dez anos e pelo carisma do publico catalão com o Ratos de Porão, tudo refletiu na venda de ingressos.  Poucas vezes chego na sala Razzmatazz e vejo a fila dando a volta na esquina na espera da abertura de portas e ontem foi uma dessas. 


Já do lado de dentro, Juninho concedia entrevista para um site espanhol, Boka dava seu role habitual e até mesmo Dave Lombardo passou desapercebido pelo publico.  Chegada a hora e aquela sensação boa, o publico fazia o tradicional coro “Ratos! Ratos! Ratos…”, Juninho plugava seu Rickenbacker, João atrás das cortinas esperando o apagar da luzes e por ali estávamos, dentro do palco.  Abriram com “Tattoo Maniax” e o primeiro circle pit já se formava, “Plano Furado” e sua letra mais atual do que nunca ante de “Ignorancia”, estava em cena o disco Vivendo Cada Dia Mais Sujo e Agressivo, justamente o disco que me levou ao primeiro show da banda, na época do lançamento.  Exatamente por estar posicionado junto ao Juninho vi sua maneira peculiar de se apresentar, algo que só a música pode explicar e com certeza seus movimentos não são pensados, seus passos, seus saltos e seu caminhar com o instrumento me fez lembrar um dançarino de valsa, ao melhor estilo crossover é claro.  Somente para a quinta ou sexta música deram uma pausa no V.C.D.M.S.A com “Morrer” e “Mad Society”.  Ainda que tenham retornado ao álbum em questão para “Peste Sexual” e “Pensamentos de Trincheira” outras que tiveram um destaque foram “Aids, Pop, Repressão”, “Maquina Militar” e “Crianças Sem Futuro” do disco Brasil e “Crucificados Pelo Sistema” com o coro massivo do público, por aqui é definitivamente a música mais celebrada do público.  Do disco mais recente, Século Sinistro, tivemos “Sangue e Bunda” e de Carniceria Tropical, “Banha”.  


Foi ótimos assisti-los uma vez mais, nunca será demasiado, nunca será o suficiente e em definitivo a melhor banda de Crossover do Brasil e porque não do mundo.  Honestos, nunca vendidos ainda que algum imbecil de um confuso país sul americano diga que sim e eternamente respeitados por onde quer que passem.  Ratos é Ratos e quem não goste que ature. 

Suicidal Tendencies

Terceiro show do Suicidal Tendencies em onze dias, ou seja, praticamente um a cada quatro dias.  Iniciamos nossa maratona no Hellfest no Sábado 17 de Junho, no Sábado seguinte no Download de Madrid e finalizamos em Barcelona apenas quatro dias depois.  Somente passando por essa maratona podemos confirmar que, um show de festival não é o mesmo que numa sala e sendo o nome da noite.  Nos grandes eventos os tempos são previamente estipulados, muitas bandas saem com o tiro certo, ou seja, aquele setlist que não falha e sem tempo para firulas. 


Em Barcelona não foram um aperitivo ou uma opção de um gigante cardápio, foram o prato principal e ainda que em parte o setlist tenha lá sua semelhança como a abertura com “You Can’t Bring Me Down”, “I Shot The Devil (Reagan)” e “Clap Like Ozzy”, desta vez vimos duas invasões autorizadas de palco.  Em “Possessed to Skate” apenas mulheres puderam subir no palco e o grande finale com “Pledge Your Allegiance” com o publico em geral.  Dave Lombardo foi oficialmente apresentado ao público catalão e muito aplaudido, Ra Diaz e Jeff Pogan, baixo e guitarra respectivamente, dão uma nova energia na banda e definitivamente parecem curtir mais o show do que quem os assiste, Pleasants demostra toda sua técnica, experiencia e de quebra ainda arrisca alguns saltos, de maneira tímida isso sim.  Mike Muir parece não sentir a idade.  Livre de seus problemas lombares que o atormentava há algum tempo, deu um show à parte.  Uma movimentação invejável, interagindo com o público e suando bicas, deixando claro que ou se prepara para os shows ou os mesmos o deixam fisicamente em alta.  Tradicionais discursos entre música e música, um repasso na discografia com músicas como “Trip The Brain”, “Send Me Your Money”, “Cyco Vision”, “Freedumb” e “How Will I Laugh Tomorrow”, esta última uma raridade de ser tocada ao vivo, mesmo já tendo assistido ao S.T. em diversas ocasiões e em diferentes fases, está aí uma música que ao vivo, havia passado em branco. Curioso também foi ver ao João Gordo e Boka curtindo o Suicidal em primeira linha, junto ao publico entre um aperto de mão e outro ou pausa para fotos.


Fim de noite e hora de colocar na balança o que havíamos presenciado.  Não, não será uma comparação, muito longe disso.  Do lado de fora o proprio Gordo reconheceu, “os gringos chegaram e deram um show”.  Sim, estamos de acordo João mas aí vem aquela teoria.  Uma medalha de ouro de um atleta americano é obrigação, os caras vivem daquilo, para aquilo e o retorno é inevitável.  Medalha de Ouro, Prata, Bronze ou nem mesmo receber algo, no peito de um brazuca vale pra caralho, vale mais do que todas que o Phelps ou Bolt conseguiram, porque o apoio é diferente.  Ser roqueiro no Brasil é coisa de doido, é remar contra a corrente.  Chegar aqui e colocar o publico no bolso, é de uma grandiosidade extrema. 

Vida longa ao Crossover, Vida Longa ao R.D.P. e ao S.T.

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Black Flash by Snap Live Shots, al contrario de lo que muchos imaginan, no es un Blog de música pero un registro de una única persona en el mundo de la musica con una cámara de fotos en las manos. Casi todo el contenido ha sido registrado, editado y publicado por un único personaje. Amante del Rock en general, vio en la fotografia su gran oportunidad de acercarse de sus grupos favoritos y ver a conciertos por otra perspectiva.